logo Alô Bebê
Compartilhar com
 

Birra? Dicas para evitar que seu pequeno domine essa arte

birra

Choros e gritos são um alívio quando o bebê nasce: isso quer dizer que ele está saudável e respirando. Conforme os pequenos vão crescendo, essas atitudes costumam ficar um pouco ou muito descontroladas, o que caracteriza a famosa e detestável birra infantil.

Uma das principais inimigas dos pais, a birra pode se manifestar também em acessos de raiva que incluem agressão física, xingamentos, se jogar no chão e uma série de comportamentos intensos que acabam deixando a mamãe e o papai horrorizados e, muitas vezes constrangidos quando estão em locais públicos como shopping, mercado ou na casa dos familiares. A atitude exagerada, entretanto, é uma reação a uma frustração com a qual a criança entre 2 e 6 anos ainda não sabe lidar. Cabe aos pais educarem os filhos nesses momentos hostis, ajudando-os a se desenvolverem de forma integral.

Quem cede aos caprichos dos pequenos birrentos acaba enfrentando crises cada vez piores e estimulando um comportamento que vai refletir negativamente no futuro da criança. É por isso que, por mais desagradáveis que as birras sejam, os pais devem aprender a lidar com elas e, dessa forma, ensinar os filhos a superarem os obstáculos que a vida impõe; acompanhe as boas práticas que ajudam a sobreviver às birras infantis:

Não se desespere

Essa é a chave para tornar o ataque em um momento de aprendizado. Na hora em que a birra começa, os pais precisam fazer duas coisas: ser firme e empático. Não sair do sério nem rir da situação vai garantir a credibilidade perante a criança, assim ela saberá a quem deve respeitar. A empatia nada mais é do que se colocar no lugar da criança para compreender a forma como ela está agindo: pode ser a insistência de ir para um lugar perigoso, a batalha contra o sono, comer muito ou pouco... Procure usar os laços que unem mãe e filho para saber exatamente o que está se passando.

Gritar não resolve

Mesmo se a criança estiver gritando a plenos pulmões, a mãe e o pai não podem responder no mesmo tom, pois isso só vai transformar a situação em uma guerra para saber quem grita mais alto. Os gritos, ainda, assim como atitudes como bater a porta e tampar os ouvidos, dão um exemplo negativo aos pequenos, não só quando a birra acontece, mas também durante todos os momentos em que o pequeno está presente.

Bater, jamais

Puxão de orelha, tapa na cara e palmada no bumbum estão proibidos! Além de serem bons exemplos para as crianças, os pais devem zelar pela integridade física de cada uma delas. O uso de força, ainda, está associado a traumas psicológicos como comportamento depressivo, baixa autoestima, ansiedade e condutas antissociais, principalmente nos pequenos que ainda não compreendem muito bem a ação e vão crescer acreditando que a atitude é aceitável.

Use distrações

Quando a birra ainda não tomou proporções homéricas, dá pra reverter a situação simplesmente distraindo a criança com outro assunto ou outra coisa ao redor, tudo sem ceder ao pedido do seu filho. No entanto, é preciso ficar atento para não substituir uma má escolha por outra: se ela estiver pedindo sorvete, não adianta dar balas; se evitar emprestar o brinquedo para o irmão, não pode ganhar um novo. A técnica funciona principalmente enquanto as crianças são pequenas, por isso, aproveite!

Castigo não adianta

O castigo é uma atitude válida quando a criança é desobediente. Quando está fazendo birra, a criança costuma estar agindo de acordo com as emoções e privá-la de seus próprios sentimentos pode torná-la ainda mais frustrada e birrenta. É por isso que o castigo não é recomendável nesse caso nem vai ensiná-la a não repetir o comportamento negativo.

Converse com ela

A criança tem dificuldade de compreender e lidar com suas próprias emoções e, por esse motivo, os pais precisam explicar para ela o que está acontecendo e o que ela deve fazer para sair dessa. A melhor forma de iniciar essa conversa é agachando para falar olho no olho do pequeno, com a voz firme, mas sem gritar, e em uma linguagem que o seu filho entenda, curta e direta, pois ele não costuma prestar atenção em conversas longas. Tente falar para ele qual é o sentimento daquele momento, o porquê está presente agora e como as pessoas fazem para lidar com isso. Conforme a conversa for chegando ao fim, o tom de voz pode ser mais suave e a mãe ou o pai podem oferecer um abraço ou colo ao pequeno. Aceitar ou não vai depender da personalidade de cada filhote; respeite.

Valorize

Todo comportamento positivo da criança deve ser elogiado e reforçado, mesmo quando ela está sendo birrenta. Assim, conforme o pequeno vai se acalmando, é permitido dizer que agora ela está sendo muito boazinha; se for passar por uma situação em que a birra já aconteceu antes, como vacina em um hospital, no caminho até lá, vá conversando e dizendo para o seu filho que você confia nele para que dessa vez a ida ocorra sem dramas.

A birra faz parte do desenvolvimento da criança e, assim como começou, vai passar. Quando os pais conseguem dominar a arte de enfrentar a situação, tudo pode ser encarado no futuro com muitas risadas. É só ser tão persistente quanto o mau hábito do seu filho!