Gripe ou resfriado? Entenda a diferença
Quando as temperaturas caem e o nariz das crianças começa a escorrer, a principal dúvida das mamães é: gripe ou resfriado?
Ambas são doenças comuns no inverno, causadas por vírus, transmitidas via contato e têm sintomas parecidos, mas possuem diferenças que precisam ser reconhecidas, pois uma é mais grave que a outra.
A seguir, aprenda a identificar os sintomas de cada uma dessas doenças respiratórias e a melhor forma de cuidar dos pequenos para que eles retomem a saúde o mais rápido possível e possam aproveitar o fim das baixas temperaturas ao seu lado:
Transmissão da gripe ou resfriado
A principal forma de transmissão é a mesma para as duas doenças, pela via respiratória. Ou seja, para adoecer, o pequeno deve ter inalado partículas de secreções infectadas em suspensão no ar, como um coleguinha doente que espirrou na sala de aula.
Outra possibilidade é a transmissão pelo contato físico direto, quando a criança entra em contato com superfícies que acabaram de receber as secreções contaminadas, como os talheres da mamãe doente.
Como o frio paralisa o funcionamento dos cílios que revestem a mucosa do sistema respiratório e que deveriam “varrer” os invasores do organismo, a entrada dos vírus no organismo é facilitada.
Sintomas de gripe e resfriado
Apesar de serem muito parecidos, os sintomas do resfriado são mais brandos, principalmente no início, e vão embora depois de três ou quatro dias.
Eles incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leves. Ao contrário da gripe, dificilmente o resfriado causa febre.
Esse sintoma, aliás, é o mais preocupante da gripe, pois pode significar uma complicação grave, como a pneumonia.
Além dele, a doença pode trazer congestão nasal, coriza, tosse, dor de garganta, dor de cabeça e mal-estar intensos, e costuma derrubar o pequeno de uma hora para a outra!
Nos bebês, a gripe pode se manifestar primeiro com diarreia e vômito e só depois por meio desses problemas.
Diagnóstico
A própria mamãe consegue identificar as doenças de acordo com a gravidade dos sintomas com o passar dos dias.
No consultório médico, o pediatra poderá diagnosticar o pequeno a partir de um exame clínico.
Se não houver febre, as crianças resfriadas podem ficar em casa, pois o ambiente hospitalar é propício para que outros micro-organismos entrem em contato com o seu filho e causem doenças mais sérias.
Já as que estão com suspeita de gripe devem ir ao pronto socorro para confirmar se o problema não é grave e a melhor forma de tratar.
Tratamento
O tratamento do resfriado consiste no alívio dos sintomas, com o uso de antitérmicos e xaropes, se houver muito incômodo, sempre prescritos pelo pediatra.
Se a doença for leve, algumas medidas caseiras, como hidratação com chás, bolsa de água quente para as dores e umidificadores de ar para descongestionar, além de muito repouso, dispensam o uso de remédios.
Para a gripe, o médico incluirá, ainda, medicamentos antivirais para combater o vírus Influenza rapidamente.
O mais importante é que os pais jamais mediquem os pequenos por conta própria, muito menos com antibióticos, que não combatem os sintomas de gripes e resfriados, pois não são doenças causadas por bactérias.
Vacinação
Por ser causado por, pelo menos, mais de 200 tipos diferentes de vírus, ainda não existe uma vacina para proteger as crianças dos resfriados.
No entanto, para a gripe, existe uma vacina muito eficaz e segura, aplicada de forma gratuita em todo o país anualmente, antes do clima frio começar.
Neste ano, o período de vacinação já acabou e, se você não providenciou a nova dose para o seu filho, ele está desprotegido, mesmo se já tiver tomado a vacina antes.
Se possível, procure uma clínica particular para proteger o pequeno, principalmente se ele ainda for um bebê. A vacinação custa em torno de R$ 100.
Prevenção
- Ensine aos pequenos bons hábitos de higiene, como lavar as mãos com frequência, tossir e espirrar em um lenço descartável e usar álcool gel 70% regularmente. Explique para o pequeno que ele deve evitar colocar a mão na boca e no nariz, pois essas mucosas são convites à entrada dos vírus, facilitando a transmissão via contato físico.
- Se alguém próximo ao seu filho estiver doente, é melhor evitar o compartilhamento de objetos como talheres e toalhas. Além disso, nada de assoprar a comida da criança devido ao risco de transmitir secreções infectadas.
- Tente evitar passar muito tempo em locais aglomerados e fechados, como cinemas, shoppings e buffets infantis. Se houver uma única pessoa doente no local, ela pode contaminar a criança. Prefira lugares arejados e abertos, como os parques.
- Em casa, abra portas e janelas para permitir a circulação de ar e a entrada do sol. Apesar do vento e das baixas temperaturas, deixar a moradia arejada é melhor do que deixar tudo fechado.
- Se o dia estiver muito seco, use um umidificador de ar para melhorar o ambiente em que a criança passará mais tempo, como o quarto durante a hora de dormir.
Bacias com água e um pano úmido no local já ajudam.
- Não descuide da alimentação do pequeno. Ele deve ingerir alimentos que contenham boas doses de vitamina C, ômega-3 e zinco.
O gengirol, encontrado no gengibre, e a alicina, no alho, também são boas fontes para atuar na prevenção.
Com essas dicas da Alô Bebê você estará mais preparada para entender quando é preciso levar seu pequeno ao hospital.