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Mamães e bebês: como funciona esta relação

Relação mãe e filho

Você com certeza já ouviu dizer que os vínculos entre mãe e filho se formam assim que a mulher descobre a gravidez, não é mesmo? É melhor esquecer essa história, pois nem sempre é assim: a relação entre as mamães e as crianças se constrói aos poucos, e pode ficar ainda mais forte neste Dia das Mães.

A formação dos vínculos não é automática. Ela ocorre gradativamente e não tem data para começar ou terminar. O processo é tão complexo e sutil que vai muito além do amor e da compreensão mútuos, pois a mamãe e o bebê são capazes de criar uma troca íntima e profunda que auxilia no desenvolvimento de ambos.

O estabelecimento de laços de afeto também é essencial para os “maus momentos” das mamães e dos pequenos. Assim, é possível compensar algumas preocupações, equívocos e dificuldades que só a infância e a maternidade têm sem ficar com a sensação de culpa ou de incapacidade, pois elas são naturais e certamente acontecerão em suas vidas.

Gestação

Desde a gestação

O elo pode começar desde a gestação, principalmente no caso das mulheres que sempre desejaram ser mães e que estão planejando há muito tempo. Se esse não é o seu caso, você pode se sentir triste ou frustrada durante uma parte ou toda a gravidez, mas não se preocupe, pois as chances desse sentimento mudar são muito altas.

Tentar garantir a harmonia com o seu filho é muito importante. É através da mamãe que o bebê terá contato, pela primeira vez, com odores, sons, sabores, tato e até mesmo algumas visões do mundo externo. Por isso que as futuras mamães precisam estar sempre conversando e acariciando as barrigas, além de pensar em novas experiências que o bebê pode aproveitar dentro do útero (comer chocolate, por exemplo, é uma delas).

Com o decorrer dos meses, até mesmo o desconforto inicial da gravidez pode ser superado. Enjoos, dores nas costas e pontapés do bebê podem ser resolvidos a partir da relação entre os dois. Um bebê incomodado dentro da barriga da mamãe dá sinais de que não está bem e, graças ao instinto materno, a mulher muda de posição, faz carinho na barriga ou se acalma, tomando alguma atitude necessária para deixar o bebê feliz outra vez.

A partir dessas vivências, o seu filho é capaz de estabelecer laços maternos, demonstrar amor e se tornar cada vez mais sensível. É por isso que, ao mesmo tempo, comportamentos negativos, como estresse e tristeza, podem ser nocivos também para o bebê. Por outro lado, as crianças desprovidas dessas oportunidades podem sentir insegurança, carência e sofrer com baixa autoestima desde a barriga da mamãe e por toda a vida futura.

Puerpério

O puerpério

A partir do nascimento, a vida da criança é centrada na mamãe, que representa um elo de ligação com o exterior, uma fonte de amor e sobrevivência do bebê. O período de maior intensidade acontece durante o puerpério ou baby blues, ou seja, entre seis e oito semanas após a mamãe dar à luz.

Cada puerpério é único para a mulher e o bebê. No entanto, existem algumas características que podem aparecer com mais ou menos força, como mudanças físicas (funcionamento do corpo, retorno dos órgãos e genitais, sangramentos, aleitamento...) e as emocionais (insegurança para cuidar do pequeno, adaptação a uma nova vida, oscilações hormonais e muitas outras).

Essa extrema vulnerabilidade feminina é, segundo os especialistas, uma forma que elas possuem de compreender ainda mais o recém-nascido. Choro, medo e sono são muito comuns, assim como a conexão com a criança e os momentos de muita alegria. De forma geral, a partir do primeiro ano, a mamãe já vai se sentir muito mais integrada ao pequeno, pois eles começam a esboçar retribuições de afeto mais compreensíveis.

O puerpério deve ser encarado como um período passageiro e necessário para que as novas mamães possam se adaptar aos pequenos. A família deve apoiar e compartilhar todos os momentos em vez de insistir que é “frescura”. Se as emoções negativas em relação ao novo membro da família persistirem, você pode estar sofrendo de depressão pós-parto, uma doença que tem cura, permitindo tornar a sua maternidade muito prazerosa.

Atividades mãe e filho

Atividades para estreitar os laços

Para celebrar a conexão que você já criou com o seu filho e estreitá-la cada vez mais, é fundamental praticar todos os dias! O benefício mútuo pode ser exercitado com algumas pequenas atitudes nesse Dia das Mães, a data ideal para lembrar desse vínculo eterno:

- Dê carinho para o pequeno. Estar pronta para atendê-lo, abraçar, beijar, conversar e brincar deixam os dois muito mais equilibrados e resilientes. Ainda, as crianças que se sentem amadas apresentam melhor desenvolvimento motor e intelectual.

- Transmita sentimentos amorosos para o seu bebê. Quando as mamães estão tristes, é comum que os pequenos evitem olhar nos olhos, por exemplo, enquanto que as mulheres animadas notam que os filhos estão sempre procurando por seus olhos, dedos, cabelos, demonstrando compreender as emoções maternas.

- Amamente o seu bebê no peito. Além dos benefícios para a saúde do pequeno, com o aleitamento materno, o bebê desfruta do calor, do contato, do cheiro e dos batimentos cardíacos da mamãe, permitindo que ele reconheça sua genitora e passe a tomar consciência de si mesmo.