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Assaduras em bebês - melhor prevenir do que remediar

 

Durante a troca de fraldas, lá está a assadura no bebê, vermelha, irritada, com pequenas brotoejas. As assaduras atingem mais de 40% dos bebês até os dois anos. A irritação da pele nas áreas cobertas pelas fraldas e nas regiões das dobras pode ser identificada inicialmente pela coloração avermelhada. Em graus mais avançados, assaduras podem transformar-se em lesões ulcerativas.

“As causas para assaduras em bebês são várias: a associação de fricção, umidade, ação irritativa da urina e das fezes, produtos químicos, colonização bacteriana e/ou fúngica e a oclusão”, assegura Dra. Kerstin Taniguchi, presidente do Departamento Científico de Dermatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Sabendo as causas, estamos a meio caminho da cura. Sim, o bebê sente dor, pode ficar impaciente e sensível ao toque. Os pais sentem-se igualmente desconfortáveis por saber do sofrimento que seu filho enfrenta. Mas, antes de aprender a remediar, que tal conhecer um pouco sobre a prevenção?

Como evitar as assaduras em bebês

A máxima é mais do que válida em casos de assadura, de fato “é melhor prevenir do que remediar”. Pense na delicadeza da pele de um recém-nascido. Costumamos compará-la ao pêssego. Fina, lisinha, nova em folha, pouco exposta ao sol e ao tempo. Sendo assim, existem cuidados próprios para esse tipo de derme, que não agridem e evitam o aparecimento das temidas assaduras em bebês. “Limpeza suave, sem friccionar e trocas frequentes de fraldas”, inclui Dra. Kerstin na lista básica do que se pode fazer para evitar a assadura em bebês. Deixar o bumbum respirar, entre uma troca e outra, e usar cremes antiassaduras também são atitudes assertivas. Escolha os cremes com substâncias hidratantes, hipoalergênicas e regeneradoras.

Prevenções que precisam ser redobradas no verão quando o calor é maior, assim como a umidade e o aumento da sudorese. O uso de produtos perfumados ou com conservantes não é recomendado, principalmente para os mais novinhos. “Nos recém-nascidos o ideal é a limpeza com o algodão embebido em água morna”, recomenda a dermatologista. Por isso, o ideal é guardar lencinhos umedecidos para quando as crianças estiverem um pouquinho maiores. Quando for passear, levar uma garrafinha com água e algodões pode ser mais complicado, por questões de manuseio, neste caso, a utilização dos lenços é liberada. De toda forma, a praticidade não pode sobrepor o cuidado diário e essencial para a pele do bebê.

O que fazer para tratar as assaduras em bebês

 

Você fez tudo o que pôde para evitar, mas a assadura apareceu no bebê . Quando bacterianas ou causadas por fungos, a dermatite independe do tratamento dado à pele. Alguns tipos evoluem se a criança estiver com “sapinho” na boca. Ao ingerir a própria saliva contaminada com a bactéria, e ela sobreviver ao processo digestivo, vai parar nas fezes, e ao serem expelidas causam irritação. Imunidade baixa e fezes com cheiro forte também causam o problema.

De acordo com a Dra. Kerstin, a alimentação pouco influencia no aparecimento de assaduras. “Mas, o uso de antibióticos pode alterar a flora intestinal e favorecer o aparecimento”, diz. Em casos mais resistentes para os quais as medidas de tratamento básicas não resolverem, é preciso procurar um médico, que provavelmente indicará o uso de uma pomada ou de produtos específicos.

Dê adeus às assaduras em bebês

- Faça pelo menos oito trocas diárias de fralda: após as mamadas, ou depois da evacuação;

- Mantenha seca a região recoberta pela fralda;

- Certifique-se de que a higiene foi feita corretamente;

- Invista em fraldas de qualidade e de alta absorção;

- Opte por cremes antiassaduras dermatologicamente testados;

- Não use talco, ele abafa demais a pele.