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Cólica em bebês

O período mais crítico para a cólica em bebês ocorre entre os primeiros 15 e os 90 dias de vida. Antes de afirmar que o choro é provocado por cólica, deve-se observar que chorar é a primeira forma de comunicação da criança e pode ter várias razões, como fome, dor, calor ou frio.

O choro por cólica tem algumas características específicas que podem ajudar as mães na identificação, como destaca a especialista Monika Wernet, coordenadora do curso de especialização em enfermagem e neonatologia do Centro Universitário São Camilo. "O bebê quando chora por cólica normalmente enruga a testinha, treme o lábio, mantém os olhos cerrados e tem o abdômen distendido". Conforme a especialista, há recursos naturais, e eficazes, que devem ser adotados para cólica no bebê. 

O primeiro dos procedimentos para cuidar da cólica em bebê é a mãe colocar a criança deitada de bruços sobre seu próprio corpo. "Além de propiciar um momento de proximidade entre mãe e bebê, nesta posição a barriga da criança é comprimida e a própria respiração materna faz um suave movimento no abdômen do recém-nascido facilitando a liberação dos gases, causadores do problema".

A ginástica de esticar e encolher as perninhas e as massagens no abdômen também são recomendáveis porque ajudam a eliminar os gases. Estas ações, que não têm qualquer efeito colateral, são altamente eficazes na solução da cólica no bebê, mas muitas mães acabam optando por chás, produtos fitoterápicos ou mesmo medicamentos, por não terem paciência para aguardar os resultados.

Diversos medicamentos têm sido utilizados para aliviar a cólica em bebês, como antiespasmódicos e simeticona. Os antiespasmódicos podem causar efeitos colaterais, como sonolência, portanto, destaca Monika, devem ser evitados. A simeticona não tem esse problema, em contrapartida não tem sua eficácia comprovada.

A recomendação da especialista é que os pais tentem os recursos naturais e só procurem um pediatra caso os episódios de cólica sejam muito constantes ou intensos, e ainda assim com o propósito de só usar a medicamentação por um período a fim de evitar qualquer possibilidade de comprometimento no desenvolvimento do bebê.

Por fim, não há comprovação científica de que a alimentação da mãe tenha qualquer influência no aumento ou diminuição da cólica no bebê, até porque, conforme as estatísticas, os bebês alimentados no peito e com leite artificial têm taxas semelhantes de cólicas. Trata-se de um problema natural que vai desaparecendo à medida que o organismo da criança vai regularizando seu mecanismo de funcionamento.