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Como os bebês se comunicam? Tudo o que você precisa saber

bebê rindo

Antes mesmo de serem capazes de balbuciar o primeiro “mama” e emocionarem as mamães, os bebês se comunicam com suas famílias e com o mundo ao redor. As manifestações de comunicação dos pequenos vão além do choro e, enquanto ainda não podem falar, você pode interpretá-los de outra forma.

Bebês se expressam, e aprender os significados de suas caretas, chutes e olhares é essencial para desenvolver uma boa relação com esses pequenos desde cedo. Além disso, estimular a expressão oral da criança, desde que respeitando seu tempo natural de aprendizado, é uma excelente forma de ensinar habilidades não-cognitivas.

Todos os pequenos, mesmo os que acabaram de sair do útero materno, são capazes de “avisar” que precisam se alimentar, arrotar, trocar a fralda, dormir, que estão incomodados ou com cólicas. Pais que dominam como os bebês se comunicam se tornam menos inseguros e angustiados com o trato do novo membro da casa, e ainda deixam seus filhos muito mais tranquilos.

O que ele quer dizer?

Embora nem todos os bebês se expressem da mesma forma, algumas atitudes são características desses pequenos quando querem comunicar alguma coisa. Aprenda o que elas querem dizer.

Como os bebês se comunicam - Choro

Até os três meses de vida, dificilmente o recém-nascido consegue emitir outro som que não seja o choro. Essa é a sua única forma de comunicação e ele vai usá-la para tudo. Isso quer dizer que nem sempre o pequeno quer demonstrar que está descontente com algo; na maioria das vezes, ele quer reivindicar uma necessidade. Por isso, é preciso checar tudo: fome, fralda, dores, frio, calor... Se nada acalmá-lo, talvez ele esteja apenas querendo um pouco de colo!

Como os bebês se comunicam - Sorriso

Não se deixe enganar: até o primeiro mês, a criança não sorri porque te ama! A verdade nua e crua é que recém-nascidos sorriem em resposta a qualquer tipo de sensação agradável, como após a mamada, um colo confortável e, principalmente, durante o sono. Conforme crescem, os pequenos aprendem a relacionar essa expressão a uma situação feliz, desde que tenham referências para isso, e passam a sorrir muito mais.

Como os bebês se comunicam - Movimentos intensos

Se quando você vai trocar o seu bebê ou quando ele está no banho, o pequeno se recusa a ficar parado, não se preocupe, pois nem sempre ele está incomodado. A atividade intensa é só mais uma das formas que o bebê tem de se descobrir. Assim, é comum que eles aproveitem esses momentos para gastar energia treinando os movimentos do corpo e explorando novas posições. Se a criança não está em nenhuma dessas situações, mas está agitada, quer dizer apenas que ela está contente.

Como os bebês se comunicam - Bater

Conforme descobrem os movimentos do corpo humano e adquirem a habilidade de agarrar objetos, as crianças passam a batê-los contra o chão ou os próprios pais. Embora pareça uma atitude agressiva, não é nada disso: seu bebê está experimentando algo novo e está curioso para saber a reação que isso vai causar. Entretanto, tome cuidado se ele começar a bater a própria cabeça no berço ou carrinho de bebê, pois a ação é característica de um bebê estressado. Ensine outra forma de aliviar a tensão para o pequeno que não vá machucá-lo.

Como os bebês se comunicam - Sons orais

Apesar de não formar sílabas que façam sentido para os ouvidos dos experientes falantes da língua materna, o bebê emite alguns sons recorrentes para suas necessidades. “Né” ou “nhé” significa fome, “own”, “au” e “ai” quer dizer sono, “Heh” ou “é” repetido seguidas vezes pode ser um desconforto como calor, frio ou fralda cheia, “eair” acompanhado de caretas e perninhas agitadas é cólica, e “é” emitido em determinados intervalos de tempo significa que o pequeno está precisando arrotar. Entretanto, nem todos os sons orais dessa fase querem passar uma mensagem: muitas vezes, o pequeno está só testando sua capacidade vocálica com gritinhos.

Como os bebês se comunicam - Como ajudar

Aos seis meses de idade, seu filho já será capaz manipular os lábios e a língua para balbuciar algumas sílabas. Nessa fase, o segredo para compreendê-lo é prestar atenção na entonação e, a partir do entendimento, estimulá-lo a continuar se comunicando, uma tarefa que vai ser fácil, pois ele se torna muito tagarela nessa fase. A criança vai esperar uma resposta, pois já é capaz de perceber que, para uma conversa acontecer, é preciso mais de uma pessoa.

Por volta do primeiro ano, a criança vai balbuciar em cadeias mais longas, mais parecidas com as de um adulto. A etapa é precursora das primeiras palavras, que tendem a ser “mamãe”, “papai”, “oi” ou “bola” por serem sons de fácil articulação fonética. Incentive o pequeno a pedir o objeto que deseja pelo nome e a cumprimentar as pessoas, e faça jogos sonoros na hora de ler um livro, perguntando, por exemplo, “como faz a vaquinha?”, para que ele responda “muuu”.

Comemore cada conquista com seu pequeno e aguarde pelo segundo aniversário, quando ele começa a transformar as palavras em frases, e as frases em diálogos cada vez mais complexos. Se a criança tiver contato com a literatura, a música e imagens gráficas, mais oportunidades ela terá de aprender novas palavras e significados, e também ampliará a capacidade de raciocinar sobre o mundo.

Cada criança é única e se desenvolve de uma forma exclusiva. Algumas aprendem a falar antes de andar, outras não. Por isso, evite comparar seu bebê e só comece a se preocupar se até os 15 meses ele não manifestar progresso ou regredir na linguagem. A falta de contato visual ou gestos também é preocupante, e valem uma visita ao pediatra e ao fonoaudiólogo infantil para verificar se não há problemas na fala ou no seu desenvolvimento.