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Cuidado com a obesidade infantil

Todos concordam que os bebês cheios de dobrinhas fazem a festa de mamães, papais, titias e vovós. A perda de peso dos pequenos só diminui, normalmente, quando eles têm seu gasto energético aumentado, o que ocorre quando começam a engatinhar e andar. Mas, se o filhote já completou um ano e continua ganhando peso, é o momento de investigar o fato com mais cuidado para evitar o obesidade infantil.

Uma das mais importantes razões da obesidade infantil é a ingestão de mais energia que a consumida pelo organismo. A obesidade, no entanto, não se restringe a isso e é resultado da conjugação também de fatores genéticos, sociais e familiares. 

Os pais devem estar particularmente atentos à questão da obesidade infantil quando os filhos estão na faixa etária entre dois e três anos, período em que o número de células gordurosas do adulto será definido.

Os problemas provocados pela obesidade infantil são inúmeros e começam cedo. Ainda na infância a criança pode desenvolver problemas de coluna e nas articulações, alterações ortopédicas, dermatológicas e até respiratórias. Além disso, a obesidade infantil pode comprometer a autoestima da criança e levar à rejeição social. Na idade adulta, diabetes e fatores de risco para o coração, como hipertensão arterial, colesterol e triglicerídeos são consequências inevitáveis. Vale lembrar que a aterosclerose, doença que só se manifesta na fase adulta ou meia idade, começa na infância, com a formação de estrias gordurosas.

Hábitos saudáveis para evitar a obesidade infantil

Para evitar a obesidade infantil é importante acompanhar de perto as atividades dos filhos, oferecendo a eles oportunidades para praticar esportes, correr, andar de bicicleta, brincar em parques e participar de outras atividades que exijam movimento e esforço físico, ainda é uma das melhores formas de contribuir para hábitos saudáveis. Esse é um conceito básico quando tratamos da obesidade infantil.

Outra forma para evitar a obesidade infantil é repensar os hábitos alimentares da família e avaliar as calorias ingeridas a cada refeição é outra estratégia poderosa para evitar o problema da obesidade infantil. O exemplo dos pais é fundamental nesse caso. Os períodos mais críticos para o desenvolvimento dessa patologia nutricional são o primeiro ano de vida, a fase pré-escolar e a puberdade. Nessas fases, será determinado o padrão de composição corporal do adulto. Entre os fatores que contribuem para isso, podem ser enumerados o desmame precoce, a introdução de alimentos inadequados - como, por exemplo, farinhas para engrossar o leite e guloseimas diversas -, distúrbios do comportamento alimentar e relação familiar conturbada.

A educação nutricional ainda é o caminho mais seguro no controle de obesidade em qualquer etapa da vida. Só a manutenção de bons hábitos alimentares a longo prazo permitirá um efetivo controle de distorções alimentares. Regimes rígidos, entretanto, não são o melhor caminho, porque podem provocar angústia.

Como lidar com o problema da obesidade infantil

O processo para controlar a obesidade infantil já diagnosticada envolve, além do pequeno paciente e dos pais, a participação de profissionais como médico, nutricionista, educador físico e psicólogo. Somente eles podem avaliar o estado do paciente e propor a melhor forma para lidar com o problema da obesidade infantil. Uma criança é considerada obesa quando ultrapassa em 15% o peso médio correspondente à sua idade. Mas, desde já, uma coisa é certa: o consumo de alimentos básicos, como arroz, feijão, carnes, hortaliças e frutas, deve ser estimulado. Já o consumo de alimentos hipercalóricos, como salgadinhos, refrigerantes e chocolates tem que ser controlado, porque são ricos em carboidratos e gorduras e possuem menor aporte de fibras e podem ocasionar obesidade infantil.

O sedentarismo e o hábito cada dia mais comum nas crianças de ficarem muitas horas em frente à televisão ou ao computador apenas levam à diminuição da atividade física e, consequentemente, a um menor gasto energético e algumas vezes também à obesidade infantl. Sem contar o bombardeio dos apelos publicitários a que são submetidos os pequenos.

Dicas para uma alimentação saudável para evitar obesidade infantil:

Para evitar a obesidade infantil é importante manter uma alimentação saudável que exige o consumo, em cada refeição, de alimentos de pelo menos um dos grupos alimentares:

  • Reguladores: frutas, verduras e legumes. São as fontes de vitaminas, minerais e fibras;

  • Energéticos: cereais, pães, macarrão, batata, mandioca, farinhas etc. Esses são as fontes de carboidrato e fornecem energia ao organismo.

  • Construtores: são ricos em proteínas, cálcio e ferro e compreendem as carnes de vaca e frango, peixes, ovos, leite e derivados e as leguminosas como os feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja etc.

  • Outra ideia é excluir frituras do cardápio e utilizar pouco óleo no preparo dos alimentos. Refrescos artificiais devem ser substituídos pelos naturais, sendo que os alimentos frescos têm preferência.
  • Respeitar horários para as refeições pode ajudar muito, evitando grandes intervalos sem alimentação. O mais importante é a reeducação alimentar ao invés da dieta, evitando-se utilizar o alimento como prêmio ou punição na educação da criança.