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Desenhos animados clássicos

Nos últimos meses, duas importantes famílias de personagens infantis completaram 50 anos de vida. A primeira foi a do simpático cachorrinho Snoopy, o beagle sonhador do garoto Charlie Brown que conquistou o mundo nas tirinhas do cartunista Charles Schulz e acabou fazendo sucesso também na TV. A segunda, a dos pré-históricos Flintstones, criação dos estúdios Hannah-Barbera, que tornou-se a primeira série animada a ser exibida em horário nobre nos Estados Unidos. Outros desenhos animados clássicos infantis também fazem aniversário em 2010. E, mesmo com o passar dos anos, continuam dando asas à imaginação das crianças de todo o mundo e sendo passados adiante por pais e avós - assim como, provavelmente, deverão continuar a passar de geração para geração.

Nas asas da imaginação

Assim como séries animadas, os contos de fadas, histórias em quadrinhos e clássicos da literatura também atravessaram épocas fazendo sucesso entre a criançada. Segundo a psicopedagoga Maria Ângela Barbato Carneiro, docente da PUC-SP, estes fenômenos se devem a dois fatores básicos. Um deles é o estímulo à imaginação dos pequenos. "São coisas que despertam o imaginário e a fantasia das crianças. Mostram formas de superar dificuldades e encarar a vida."

Ela acredita que a resolução surreal dos conflitos entre bem e mal, apresentada de forma lúdica, dá segurança às crianças e ensina valores e papéis sociais. "A superação acaba tornando as histórias mais interessantes e motivadoras."

Outra razão apontada pela especialista, para que histórias e personagens criados há décadas continuem encantando as crianças, é a influência das relações familiares. "As histórias clássicas são passadas de pai para filho, muitas vezes, por literatura oral e escrita, o que, do ponto de vista educacional, ajuda a fixá-las." O estabelecimento de relações e vínculos com os pais também contribuem para manter vivos os contos e atrações tradicionais: "algumas histórias e personagens são como as brincadeiras de pega-pega e esconde-esconde. Tornaram-se coisas que não dependem da época ou da idade para serem divertidas", completa.

Os grandes aniversariantes de 2010

 50 anos

 Os Flintstones

 

As aventuras da turma de Fred Flintstone na televisão tiveram seis temporadas, de 1960 a 1966. O desenho animado foi exibido em 88 países e dublada em 22 idiomas. Calcula-se que tenha sido assistida por mais de 300 milhões de telespectadores. A exibição dos episódios em horário nobre, nos Estados Unidos, se deve ao fato de que Os Flintstones surgiu como uma atração para adultos e apenas com o nascimento dos bebês Pedrita e Bambam, na 3ª temporada, mudou o foco para o público infantil. Os habitantes da pacata cidade de Bedrock ainda ganharam duas versões para o cinema, com atores de verdade, em 1994 e 2000.

60 anos

Snoopy

 

O beagle que se aventurava pelo mundo em sonhos, enquanto dormia no telhado de sua casinha, se fez presente nas tirinhas de Charles Schulz até o ano 2000, quando o cartunista anunciou sua aposentadoria. Snoopy apareceu nos quadrinhos pela primeira vez em outubro de 1950, em uma tira publicada por sete jornais americanos. Com o sucesso nos jornais, o cãozinho e seus amigos foram parar na televisão, com a série de desenho animado "The Charlie Brown and Snoopy Show".

Cinderela

 

A gata borralheira foi parar nas telonas pelas mãos dos estúdios Walt Disney em 1950. A narrativa original do conto de fadas, que possui inúmeras versões em todo o mundo, foi mantida, mas a Disney acrescentou elementos secundários que incrementaram a trama, como os ratinhos Jaq e Tatá, amigos de Cinderela, e o malvado gato Lúcifer. Com o aniversário, o filme foi relançado pelos estúdios em DVD especial e remasterizado.

Pinóquio

 

 

A versão da Disney do famoso conto de Carol Collodi chegou aos cinemas no mesmo ano que Cinderela e com vários pontos em comum com o filme da moça que perde o sapatinho de cristal. Pinóquio também ganhou personagens secundários para encorpar a trama, como o Grilo Falante, que representa a consciência do boneco e o ajuda em sua narrativa.

70 anos

Tom e Jerry

 

 

Criados em 1940 pelos estúdios Hanna-Barbera, Tom e Jerry levaram a rivalidade entre gato e rato para o cinema. A primeira aparição da dupla foi em um curta-metragem que, em seguida, deu origem à série de desenho animado. Foram produzidos 114 episódios do desenho original até 1957, mas a atração só foi parar na televisão em 1965. Tom e Jerry tiveram três longas-metragens produzidos para o cinema. O mais recente, em 1993.

90 anos

Sítio do Picapau Amarelo

 

O primeiro livro da série de Monteiro Lobato, "A Menina do Narizinho Arrebitado", foi lançado em 1920. As aventuras de Emília e seus amigos foram narradas em mais de 30 volumes, que se tornaram clássicos da literatura infantil. O último, "Histórias Diversas", foi lançado em 1947. O Sítio foi parar pela primeira vez na televisão em 1952, na TV Tupi, e ganhou versões também na TV Cultura, Rede Bandeirantes e Rede Globo.

Dez anos de Harry Potter

 

 

Apesar de recente, o fenômeno Harry Potter já pode ser considerado um clássico infantil. A história do jovem bruxo na fantástica escola de Hogwarts, criação da britânica J.K. Rowling, ganhou sua primeira adaptação para o cinema em 2000, três anos depois do lançamento do primeiro livro, "Harry Potter e a Pedra Filosofal". Com mais de 400 milhões de cópias vendidas, a saga nos livros terminou em 2007, no 7º volume, que foi dividido em duas partes para as telonas. A primeira, "Harry Potter e as Relíquias da Morte", foi lançada mundialmente em novembro de 2010, e a segunda sairá no segundo semestre de 2011.