logo Alô Bebê
 

Ensino de inglês na educação infantil

“English is everywhere.” Sim, o inglês está por todos os lados, daí a necessidade de saber falar muito bem, e o quanto antes. Começar cedo é o ideal. Não são apenas os adultos que precisam dominar o idioma para estudar e trabalhar. A língua inglesa está presente no universo infantil, e uma das maneiras mais eficientes de fazer com que os pequenos se familiarizem com os termos é o ensino bilíngue. Por meio do convívio diário, os alunos aprendem com naturalidade a inserir os dois idiomas no cotidiano. 

Assim como qualquer língua, o inglês pode, e deve, ser ensinado às crianças desde bem pequenas. Maria Elisa Pereira Lopes, professora e pedagoga da Universidade Presbiteriana Mackenzie, recomenda o primeiro contato com língua estrangeira por volta dos três anos. Ela acredita que, assim como a alfabetização em português, o inglês deve ser introduzido a partir de elementos que tenham a ver com o universo da criança. “Ouvindo música, por exemplo, os pequenos pegam a sonoridade das palavras e começam a se familiarizar com elas.”

Como escolher a escola ideal

Uma vez constatada a necessidade de, o quanto antes, introduzir o ensino de um segundo idioma, os pais precisam escolher o tipo de escola que farão a matrícula. Além dos cursos tradicionais de inglês e espanhol, com aulas uma ou duas vezes por semana, existem colégios que proporcionam uma experiência mais profunda. É o caso das escolas internacionais. Elas oferecem formação e diploma estrangeiros, com currículo e calendário que seguem os norte-americanos, britânicos etc. Nestes casos, o inglês é o idioma adotado para todas as aulas, enquanto o português, mais uma disciplina. Já as escolas bilíngues, dividem o currículo entre as duas línguas. É o caso da Oak School, que dedica 50% das aulas ao inglês e ao português.

A diretora da escola, Claudia Calmon, explica que não basta aumentar a carga das aulas de inglês para a instituição ser denominada bilíngue. “Trabalhamos a língua estrangeira utilizando-a como forma de comunicação dentro de um contexto em que será vivenciada diariamente no ambiente escolar e nos conteúdos curriculares.” Ou seja, vai além do ensino formal de um idioma.

Na educação infantil, todos os conteúdos são passados às crianças em inglês. “Nossos alunos são alfabetizados na língua materna e, paralelamente, já vão criando hipóteses sobre a escrita em inglês. Sempre de forma natural, garantindo a alfabetização simultânea”, conta Claudia. A partir do fundamental, o currículo é dividido entre os dois idiomas: “as aulas de matemática, linguagem oral e escrita, ciências, história, geografia etc. acontecem nas duas línguas de forma integrada e sem repetir os conteúdos”.

Ela acredita que as disciplinas se complementam e dá um exemplo de como funciona a metodologia: “se estamos estudando continentes no currículo de geografia em português, faremos projetos sobre os países da América do Sul no currículo de geografia em inglês”.

Desde a barriga

Não existe limite de idade para começar a aprender, segundo Claudia. “O que não faz sentido é colocar crianças para aprenderem outro idioma como aula formal se ainda são muito pequenas; não será prazeroso e não despertará nenhum interesse.” Esse não é o caso de famílias onde todos falam duas línguas, como a da produtora Luisa Caballero, mãe de Arthur, 8 anos, e Thomas, 3, ambos alunos da Oak.

A mãe conheceu o marido, brasileiro como ela, na Austrália, onde se casou e engravidou do primeiro filho, mas a família acabou voltando à terra natal antes de o bebê nascer. “Arthur ouve o pai falar com ele em inglês desde que estava na barriga”, conta. O pequeno chegou a frequentar uma escolinha de ensino regular antes da Oak. “Nós nos identificamos com o espaço e a metodologia de ensino e matriculamos o Arthur aos quatro anos. Percebemos que ele entendia as frases de comando em inglês, mas não respondia”, lembra.

O contato direto com o idioma na escola é o que mais agrada a família, e para isso as aulas semanais não seriam suficientes: “o ensino regular vai logo para a parte chata e complexa da gramática, não é assim que o ser humano aprende qualquer idioma. O Thomas não sabe conjugar verbos em português, ele está aprendendo da mesma forma que o inglês, com o cotidiano.”

Jogos, filmes, programas de televisão: tudo isso é feito em inglês na casa de Luisa. Arthur e Thomas sabem se comunicar perfeitamente nos dois idiomas – dentro dos limites de suas faixas etárias. “O mais novo ainda mistura muita coisa, tem dia que ele acorda e diz ‘mãe, estou com fome, quero breakfast”, onta a mãe.

Bagagem cultural

Embora a família não tenha intenção de voltar a morar fora do Brasil tão cedo, Luisa acredita que o ensino bilíngue facilitará a vida dos filhos quando chegar a vez deles. “Eu e meu marido tivemos essa experiência depois de adultos e passamos por dificuldades que eles provavelmente não passarão quando forem fazer um intercâmbio. Além do idioma, a bagagem cultural vai favorecê-los.”

Em casos de famílias sem o segundo idioma dentro de casa e com filhos já alfabetizados, a regra do “quanto antes, melhor” continua sendo válida, mas com cautela. A pedagoga Maria Elisa afirma

que não adianta colocar uma criança com idade avançada no ensino bilíngue. “Por outro lado, deixar para estudar só na adolescência ou na fase adulta fica complicado. Nesses casos, a melhor opção é fazer um curso regular para inserir a criança no contexto cultural envolvendo o inglês, mas já de maneira formal”, explica.

Conheça alguns cursos que podem ajudar seu filho a aprender um novo idioma

Cultura Inglesa: tem cursos formatados especialmente para crianças em todos os anos do ensino fundamental, com carga horária de cem minutos semanais www.culturainglesasp.com.br/

CEL®LEP: com módulos semestrais de duas aulas por semana, os cursos atendem crianças a partir dos sete anos de idade, com aulas que incentivam brincadeiras e criatividade www.br.cellep.com/

CCAA: para crianças de seis a nove anos, a escola disponibiliza aulas que incluem jogos, filmes, desenhos animados, músicas e outros elementos do universo infantil www.ccaa.com.br/

CNA: os cursos da escola foram feitos para crianças a partir dos cinco anos e contam com material didático exclusivo, desenvolvido com base na opinião dos próprios alunos www.cna.com.br/

Fisk: as crianças de quatro a seis anos já podem fazer as aulas, que, nos primeiros níveis, trabalham com estímulos emocionais e ferramentas como adesivos, pôsteres e DVDs www.fisk.com.br/

Skill: as crianças podem começar a aprender inglês e espanhol a partir dos cinco anos de idade, com aulas dinâmicas e repletas de brincadeiras www.skill.com.br/

Wizard: embora ofereça aulas de diversos idiomas, a escola só possui cursos infantis de inglês e espanhol com metodologias que misturam o ensino tradicional a atividades lúdicas www.wizard.com.br