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Os riscos na gravidez

Hipertensão e diabetes encabeçam a lista de fatores que podem promover uma gravidez de risco. Mas a idade da gestante e alguns de seus hábitos também podem ocasionar problemas para a mãe e, principalmente, para o bebê. Por isso é necessário muitos cuidados na gravidez.

A maternidade é o ideal de boa parte das mulheres. Só que essa "dádiva" também pode implicar riscos para a futura mãe e para o bebê. Para o ginecologista e obstetra do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Mário Burlacchini, o maior risco das gestantes é a hipertensão arterial. Seja ela desenvolvida antes ou durante a gravidez, o problema pode acarretar, inclusive, o amadurecimento precoce da placenta, o que pode resultar até na morte do bebê. O diabetes também complica o período de gestação. O aumento de glicose no organismo da mulher interfere no crescimento de órgãos do feto, como os pulmões.

As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também comprometem a gestação e podem afetar a vida do bebê. Algumas delas, como a AIDS e a Sífilis, são transmitidas à criança. No caso da AIDS, o portador hospeda seu vírus (HIV) durante toda a vida.

O médico ressalta que a maioria dos problemas ocasionados por DSTs podem ser solucionados com exames ginecológicos regulares e acompanhamento pré-natal. Para Mário Burlacchini, o planejamento familiar é um bom caminho para quem deseja uma gravidez tranquila. Por meio dele, é possível eliminar fatores e doenças que colocam em risco esse estado da mulher. Esse é o caso das que estão acima do peso e, portanto, vítimas potenciais da hipertensão e do diabetes. "O ideal é que essas mulheres emagreçam, exceto pelo método de redução de estômago, antes de engravidar", afirma o médico.

Ele alerta que, nesse caso, os bebês podem apresentar problemas de crescimento em virtude da má absorção de nutrientes. O ideal é que elas passem por um processo de reeducação alimentar, acompanhadas por um nutricionista.

A mudança de hábito e os cuidados extras também são preponderantes para as usuárias ou ex-usuárias de drogas. Elas compõem um grupo de alto risco para gravidez, pois apresentam distúrbios psicológicos e engordam a lista de portadores de DST e doenças infecciosas. As crianças podem nascer com doenças como AIDS e hepatite congênita.

Outro risco na gravidez inclui as mulheres com estresse e muito ansiosas estão propensas a filhos prematuros. As que não usufruem de boas condições de higiene expõem os bebês a doenças contagiosas. Em todas as fases da gravidez é necessário o máximo de cuidado.

Atualmente, os médicos lidam cada vez mais com casos de gestantes mais velhas. Isso porque as mulheres passaram a programar a vinda de um filho bem mais tarde, em virtude da carreira. As gerações nascidas nos anos 70 e 80 priorizam a vida profissional, casam-se mais tarde e colocam os filhos para depois.

O problema é que, após os 35 anos, a probabilidade da mulher ter adquirido doenças clínicas no coração, diabetes, hipertensão e até a endometriose são maiores, ou seja, os riscos na gravidez podem ser maiores. Nessa última o resíduo do endométrio acumulado pode dificultar ou impedir a gravidez. Os miomas também surgem com mais frequência e intensidade e podem acarretar aborto.

Outro risco para a gravidez tardia é o comprometimento  da formação do feto. Por isso, o uso de ácido fólico três meses antes da fecundação é fundamental. Ele contribui para a formação da medula espinhal e do cérebro do bebê.

O nascimento de bebês com alteração cromossômica também é mais incidente em grávidas com mais de 35 anos. Estima-se que, para cada 106 filhos de mulheres com idade de 40 anos, um nasce com Síndrome de Down. A Síndrome de Edward ou trissomia 18 está também diretamente ligada à idade da mãe. Os casos são mais raros, um para cada oito mil nascimentos, e a incidência de aborto espontâneo é de até 95%. Essa síndrome pode ocasionar, ainda, má formação do coração, dos genitais externos, atraso mental e de crescimento.

Mas é importante também que as mamães entendam como será o deselvovimento da gravidez e do bebê ao longo dos nove meses de gestação, para isso a Alô Bebê oferece a ferramenta Gravidez semana a semana.