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Seu pequeno vai passar por uma cirurgia? Mantenha a calma, eles são mais fortes do que pensamos

criança no médico

Cirurgias geralmente estão associadas a procedimentos de risco e se já é preocupante quando um adulto precisa passar por uma, imagine o que não acontece com os papais e as mamães que veem seus filhos encarando essa realidade? Pode não parecer, mas as crianças são perfeitamente capazes de enfrentar a situação de uma cirurgia infantil. O apoio dos pais é essencial para que os filhos se sintam confiantes, mesmo se o paciente ainda for um bebê. Normalmente, as cirurgias infantis são marcadas no horário da manhã, e as crianças chegam ainda dormindo à sala, assim ficam relaxadas para este momento, enquanto os pais aguardam apreensivos na sala de espera, até o médico chegar com as boas notícias.

CIRURGIAS MAIS COMUNS

Retirar as Amígdalas

Os procedimentos para retirar as amígdalas dos pequenos são os mais comuns nas salas de cirurgia infantil. Quando a dor de garganta é recorrente, o médico pode indicar essa medida como única solução para que a criança tenha qualidade de vida, pois elas podem desenvolver dificuldades respiratórias e distúrbios do sono.

Orelhas de Abano

Outra preocupação, principalmente dos pais, são as chamadas orelhas de abano, presentes entre 2 e 5% da população. A aparência proeminente das orelhas pode render apelidos maldosos na escola, por isso, muitas famílias preferem eliminar essa característica ainda na infância. A cirurgia plástica que faz a correção é a otoplastia, pode ser feita a partir dos seis anos de idade, se a criança quiser, e não deixa cicatrizes.

Fimose e Criptorquia

Nos meninos, duas preocupações frequentes também podem acabar na mesa de cirurgia: a primeira delas é a fimose, quando a pele que reveste a cabeça do pênis (prepúcio) é muito grudada, impedindo a higienização adequada da criança. Se inflamações ou infecções foram constantes, o médico pode recomendar a cirurgia, que não passa de um simples corte na pele. A segunda é a criptorquia, quando o testículo do pequeno não desce para o saco escrotal até um ano de idade. O caso é comum em bebês prematuros e a necessidade de operar é avaliada pelo médico, caso seja necessário remover alguma obstrução ou complicação. Graças ao avanço da medicina, algumas cirurgias são feitas dentro do útero materno, antes do nascimento do bebê, com um aparelho chamado fetoscópio. O recurso é usado em casos em que um gêmeo recebe mais sangue que o outro e também para corrigir a espinha bífida.

ANESTESIA

Os procedimentos anestésicos nas crianças devem ser ainda mais cautelosos que nos adultos, e este é um dos principais motivos de tensão para os pais. Como a natureza da criança é inquieta, a maioria das operações demanda anestesia geral. Nem todas as crianças devem realizar exame prévio , mas antes de receber a sedação, elas precisam estar em jejum para que não haja vômito ou complicações. O anestésico é inalado pelas crianças e dura praticamente o mesmo tempo da cirurgia, pois assim elas acordam logo após o procedimento e aliviam a apreensão dos familiares. Depois da cirurgia, os pequenos dificilmente se lembram do que passaram. Enquanto algumas se recuperam rapidamente, outras ficam irritadas e chorosas. Se não houver nenhum tipo de desconforto, eles já podem ingerir líquido, e, sem náuseas ou vômitos, a dieta habitual já é liberada.

DICAS PARA AS MAMÃES E OS PAPAIS

Se o seu filho precisa enfrentar algum tipo de operação, você precisa se preparar. Saiba como fazer isso, do início ao fim deste momento:

Tirar as dúvidas

Faça perguntas ao médico. Conheça a equipe responsável. Pesquise sobre o assunto. Converse com pais que já passaram por isso. É importante que os adultos possam se preparar e esclarecer as dúvidas da criança.

Explicar para eles

Conte para o seu filho tudo o que vai acontecer com ele, desde os exames preliminares, a anestesia e o pós-operatório. Para isso, você pode usar formas lúdicas, como bonecos, fantasias e partes de brinquedos que ele tem em casa. Existem livros infantis que tratam exatamente do assunto e podem ajudar a combater o medo e a ansiedade dos pequenos.

Sem mentiras

Na intenção de proteger os pequenos, muitos pais acabam mentindo sobre a situação. Avise que vocês ficarão separados por um tempo e que o procedimento pode ser dolorido para não trair a confiança da criança.

Transmitir tranquilidade

Para transmitir calma e tranquilidade ao seu filho, você precisa estar calmo e tranquilo! Mesmo se a criança ainda for um bebê, a sensação de proteção ficará gravada na memória.

Lembrança da casa

Se o seu filho possuir um objeto de transição como chupeta, cobertor ou brinquedo, leve-o até o hospital, assim ele se sentirá mais confortável. O médico precisará retirar das mãos dele na hora da anestesia, mas quando ele chegar ao quarto, você pode fazer a devolução.

Distrações

Se a criança já estiver acordada ou se tiver fome devido ao período de jejum, tente distraí-la com uma atividade que não remeta ao procedimento. Jogos, brinquedos, músicas, colo e carinho são boas opções.

Esteja por perto

Fique perto do seu filho, principalmente nos dias após a cirurgia. Se possível, negocie folgas do trabalho ou deixe uma pessoa próxima cuidar da criança nos próximos dias, explicando sempre sobre a troca de curativos, realização de exames e a melhora apresentada.

Avisar a família

Ter muitos parentes na sala de espera pode trazer mais agonia e logo após a operação não é recomendável receber muitas visitas. Por isso, você deve telefonar ou enviar mensagens e fotos para avisar a família da situação. Apesar de o nervosismo tomar conta, realizar uma cirurgia é uma forma de melhorar o desenvolvimento do seu filho para a vida toda e, ao final do processo, cada etapa deve ser comemorada, pois a maior vitória é a alegria de vê-lo são e salvo em casa. Lembre-se, seu pequeno é um guerreiro, mas todo cuidado é pouco, então sempre tenha cuidado com a segurança do bebê, utilizando os melhores e mais seguros produtos, na hora de passear, brincar ou até de ficar em casa. E também muita atenção com a higiene do pequeno para evitar preocupações.