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Água e crianças: cuidado com os afogamentos


 

Praias, piscinas e rios são agradáveis alternativas para mesclar momentos de diversão com o alívio de se refrescar, já que está chegando a estação mais quente do ano. Nada mais justo, depois de meses em que a temperatura oscila entre o frio e o clima ameno. Neste período mais alegre do ano, quando celebramos Natal e Ano Novo, as crianças curtem também as tão esperadas férias escolares e estão eufóricas por aproveitar ao máximo cada minuto do dia.

Deixá-las aproveitar é extremamente saudável e divertido, mas é preciso lembrar que criança na água requer atenção especial para evitar riscos de acidentes e afogamentos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a principal causa de mortes e sequelas na faixa etária de zero a quatorze anos, são os acidentes não intencionais, como afogamento e sufocamento. Os afogamentos geralmente acontecem em banheiras, tanques, piscinas, poços, bacias e até mesmo em baldes d água.

Até um ano de idade é fundamental não deixar a criança sozinha no banho, em piscina ou em área de serviço onde há baldes dágua. Segundo a coordenadora da Pro-Teste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, Maria Inês Dolci, quando a criança começa a crescer, a atenção tem que ser redobrada, pois a atração pela água só aumenta. "O afogamento pode acontecer mesmo em pequenas quantidades de água. A mãe nunca deve se afastar ao dar banho", diz.

As boias continuam sendo as melhores amigas das crianças na hora da diversão aquática. Cada vez mais práticas, os modelos variam e se ajustam ao tamanho e ao peso da criança. "Boias estilo colete salva-vidas são mais confiáveis porque não saem do corpo com facilidade. Mas, se os pais optarem por usar boias redondas infláveis, é aconselhável usar aquelas de bracinho também, porque se uma escorregar, a outra protege", diz Maria Inês.


 

Quando a pessoa se afoga é provável que a água entre nos pulmões, limitando a entrada de ar. Ainda, neste momento, é possível que os músculos da garganta se contraiam involuntária e convulsivamente, ocorrendo o chamado afogamento seco. Tanto uma situação como a outra podem levar à morte por asfixia.

Por isso, a medida mais urgente é introduzir ar nos pulmões da vítima por meio da respiração boca a boca. Todas as vítimas de afogamento devem ser levadas ao hospital, mesmo que pareçam totalmente recuperadas, pois podem surgir complicações pulmonares mais tarde. É importante ainda mantê-la aquecida enquanto espera pelo socorro médico, cobrindo-a com toalhas secas e, se possível, retirando sua roupa molhada.

Prevenir ainda é a melhor solução para passar as férias de verão sem problemas e chateações. Por isso, a atenção com os pequenos deve ser redobrada quando tiver água por perto e eles devem ser sempre avisados sobre os riscos que correm quando vão para a água sem cuidados prévios. Conversar e orientar sobre os perigos de uma atividade sem segurança é uma solução extremamente válida e que nunca sai de moda.

Depois, corra para a piscina mais próxima e divirta-se. Afinal, férias é sinônimo de alegria!

Passo a passo da respiração boca a boca

Incline a cabeça da vítima para trás e aperte suas narinas. Abra bem a boca da vítima e ajuste seus lábios aos dela. Inspire profundamente e, olhando para o peito da vítima, insufle ar até sentir o tórax se expandir. Afaste a sua boca, expire qualquer excesso de ar e observe o tórax da vítima se esvaziar. Inspire de novo e repita a operação até o afogado voltar a respirar normalmente. As duas primeiras insuflações de ar devem ser feitas lentamente para permitir uma boa expansão do tórax e diminuir a possibilidade de distensão do estômago.

Fonte: Projeto Acidente de Consumo realizado pela Pro Teste e Associação Médica Brasileira.